Acho que me deu saudade porque amanhã é um dia especial pra mim. Me deu saudade porque deitei na cama com o quarto silencioso ao som da chuva lá fora.
Em dias de chuva, não sei porque, a cama costuma ficar maior.
Deu saudade porque senti frio e não tinha ninguém pra me abraçar por trás como você costumava fazer.
Alguns dias a trás me deu saudade também, mas foi saudade diferente. Saudade de amigo, não a saudade que hoje sinto.
Senti saudade no dia em que eu estava no Rio, finalmente conheci a cidade que você tanto falava mal. Fui lá para fazer minha primeira entrevista em inglês, te mandei uma mensagem, mas não sei se recebeu. Queria você aqui, para rir da minha tragédia na tal entrevista.
Esses dias lembrei de você porque eu estava conversando com seu amigo, aquele americano.
No último fim de semana também lembrei de você, mas foi engraçado, foi automático, foi bem cedo de manhã enquanto eu ainda fazia o café. De repente me deu uma vontade de mexer o pó dentro do coador com a colher pra ver se andava mais rápido, então lembrei da sua maneira de fazer "café de macho".
Logo em seguida eu abri a geladeira, peguei o queijo e cortei em pedaços, coloquei no microondas e só ao retirar o prato após um minuto, e ver a borda do queijo torrada do jeito que você gosta foi que me dei conta que você não está mais aqui.
Logo em seguida eu abri a geladeira, peguei o queijo e cortei em pedaços, coloquei no microondas e só ao retirar o prato após um minuto, e ver a borda do queijo torrada do jeito que você gosta foi que me dei conta que você não está mais aqui.
As vezes sou assim, faço as coisas a sua maneira, ao seu gosto, ao seu ponto, mas só depois lembro que agora as coisas já podem voltar a ser como eram antes.
Fazer as coisas que você gosta é a forma que o meu corpo encontrou de expulsar a saudade. É como se eu conseguisse matar a saudade através da falta que você me faz.
Mas encaro isso como uma defesa do meu organismo, uma reação alérgica a sua ausência, uma inflação numa moeda chamada paixão, uma depressão pós parto, pois você partiu.
Fazer as coisas que você gosta é a forma que o meu corpo encontrou de expulsar a saudade. É como se eu conseguisse matar a saudade através da falta que você me faz.
Mas encaro isso como uma defesa do meu organismo, uma reação alérgica a sua ausência, uma inflação numa moeda chamada paixão, uma depressão pós parto, pois você partiu.
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