sexta-feira, 1 de abril de 2011

Com aquela cara...

Sei lá o que que me dá. Só sei que eu fico assim. Me fecho. Me tranco. Me isolo. Fecho a cara. Fecho a porta do quarto. Fecho tudo mais que conseguir. Sei lá se é uma crise existencial que vai e vem, ataques bipolares, ciclo da auto sabotagem, "sangue de altista". Seja lá o nome que isso tiver, não gosto que você se aborreça com isso.
Sei também da série de questões que essa minha cara provoca, sei disso melhor do que você. Ela me persegue há anos.
Imagino que, realmente não deve ser a coisa mais agradável ficar com alguém assim, mas acredite, pra mim também não é.
Queria conseguir mudar isso sozinha. Queria ter uma solução. Uma mágica. Um truque. Um disfarce talvez.
Sabe... Talvez, seja só uma fase, longa, mas ainda sim é uma fase, eu não posso te afirmar quando vai acabar, mas posso te garantir que a maior parte já passou.
Quando essa cara aparecer, me avise, ela vem de forma traiçoeira e eu não percebo. Parece assustador. Embora, seja mesmo.
Sempre que fico assim, sinto como se fosse a última vez, como se tivesse saindo de mim essa mania de emburrar atoa.
Remédio? O mais próximo que posso chamar de remédio é você.
Só peço que você chegue e instale em mim a beleza que me falta, venha sorridente, ative minha respiração, massageie meus ombros, tire minha roupa ou me abrace simplesmente e me dizendo que isso vai passar. Adoro a força que você trás, os seus anseios postos na mesa pronta pro café, suas ideias, seu jeito de ver as coisas, a forma de ver sol quando ele não aparece. Você tem me ensinado, e eu tenho aprendido.
Ainda há muito que aprender.
Te amo, e quero te amar mais.
Só nao me cobre uma mudança brusca, não reclame.
Apenas faça palhaçadas ou dance na minha frente, me faça rir, conte histórias exageradas, deboche da minha dor, me socorra.
Não dê bola para essa menina insegura e idiota.
Dê mão para a mulher que há em mim e chame ela pra ir junto a qualquer lugar que você queira.

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