domingo, 20 de novembro de 2011

Pensar, sentir, escrever...

Tô aqui pensando, sentindo e escrevendo.
Pensando em mim, sentindo saudades de pessoas importantes que passaram na minha e escrevendo pra que elas saibam disso. Ou não, existem pessoas que eu sinto saudades e que jamais irão ler o que escrevo aqui.
Pensando nos meus sonhos, sentindo o preço de cada um e escrevendo pra que eu não desista deles.
Pensando nos meus conceitos,  sentindo o valor deles e escrevendo pra me lembrar de cada um.
Pensando na vida, sentindo o contexto e escrevendo sobre as coisas.
Pensando nas razões, sentindo as condições e escrevendo os meus motivos.
Pensando nas decisões, sentindo os riscos e escrevendo pra me dar coragem.
Pensando no tempo, sentindo o vento e escrevendo enquanto sento.
Pensando nos erros, sentindo o choro preso e escrevendo com as lágrimas.
Pensando nas tentativas, sentindo as que foram assertivas e escrevendo poesias.
Pensando nas possibilidades, sentido a necessidade e escrevendo pela cidade.
Pensando no coração, sentindo a canção e escrevendo a minha opinião.
Pensando em entrar, sentindo vontade de ficar e escrevendo pra não pensar.
Pensando no que passou, sentindo o presente e escrevendo o futuro.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Borboletas...

Se eu conseguisse dosar dois lados, se eu pudesse ser equilíbrio, se eu não fosse sempre extremo. Se eu soubesse respirar cem vezes antes de dar uma resposta, se eu carregasse uma mascara de paz sempre comigo, se eu não tivesse nascido com o coração tão exposto... Se.
Se eu não fosse tão ‘eu’ talvez os outros me enxergassem melhor. Meu grande erro é ser ‘eu mesmo’ demais. Tenho feito isso a vida toda. Mas ninguém quer saber dos seus medos, inseguranças, sonhos, fantasmas, sentimentos. Querem uma pessoa que saiba dos assuntos da semana, do dia, da hora, com um sorriso sempre a mostra e um Ghandi dentro da alma. Querem controle, controlar. E agora? Posso mudar. Mas e se nessa mudança eu perder minha essência? E se eu me perder. Eu não consigo ser outra pessoa se não eu. Que chora quando a alma pede, que ri quando o corpo treme de felicidade, que cala pra não magoar, que fala por não ter medo de se mostrar.
Sendo borboleta num aquário é de se esperar que os peixes enxerguem as asas como defeito, as antenas como aberração, o sentido de liberdade como prisão. Posso tentar ser peixe, mesmo que eu afogue no fim. Eu tento. Só não dá pra continuar essa incógnita em pessoa que tenho me sentido.
Vou voltar meu coração pro peito, comprar um Ghandi e engolir, vou fazer ioga, pilates, terapia. Sou gelo e fogo, agora vou ser mormaço. Sou choro e riso, agora vou ser de aço. Sou coração e coração, agora vou ser... Vou ser um barquinho em alto-mar. Se a onda subir, eu subo. Na calmaria eu paro ou tranqüilo navego. Se precisar remar eu remo. Se infiltrar eu pulo. Uso bote salva-vidas. Ou melhor, asas. Afinal, posso até ser peixe, mas minha essência é borboleta... Borboleta aprendendo a navegar.



Fonte: Isa G.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tempo... Tempo... Tempo

Às vezes paro pra observar pessoas e atitudes e os resultados da vida que cada um escolhe ter.
Tantas coisas acontecem em um dia, tantas coisas acontecem em uma esquina, tantas coisas em uma vida.
Coisas e fatos, objetivos e escolhas, sentimentos e atitudes, destino e acaso, vontades e desejos, conquista e sucesso, influencia e conseqüência, amor e dor...
Ando na rua pensando se ela me levará onde eu quero chegar, se esse é o caminho. Quero tantas coisas e cada uma parece estar em um caminho diferente, mas não consigo seguir em várias estradas ao mesmo tempo. E aí vou dando seqüência a cada coisa de uma vez, cada estrada ao seu tempo, cada passo de uma vez, cada coisa em seu lugar.
Embora não fácil seja, não posso parar, simplesmente descanso a cada obstáculo e sempre preparando o próximo passo.

Tem dias...

Tem dias que eu estou assim, “não to pra ninguém” e não adianta insistir.
Tem dias que eu estou assado, e tudo que quero é ser lembrado.
Tem dias que estou pra leitura, aproveito pra me encher de cultura.
Tem dias que estou pra cozinhar, e te surpreendo no jantar.
Tem dias que eu estou com saudade, e saio pela cidade.
Tem dias que estou mimada, e nada me agrada.
Tem dias que eu estou uma palhaça, mas ninguém acha graça.
Tem dias que estou uma criança, e em tudo vejo esperança.
Tem dias que sou uma mulher, que acha que sabe o que quer.
Tem dias que não dá pra acreditar, e começo a chorar.
Tem dias que estou pra sorrir, sorrio de tudo, até de mim.
Tem dias que estou pra passear, ando bastante pra cabeça arejar.
Sendo assim ou assado, esquecido ou lembrado, criança ou mulher, com saudade ou esperança, chorando ou sorrindo, lendo ou a passear, sempre tem dias que não dá pra explicar.

Um mundo de vantagens

Fiquei assim, surpresa com as coisas que vem acontecendo.
Sei lá... Te perguntei: “Tá tudo bem?” Você responde: “Tá, porque?”
Sabe por quê?!
Porque você está diferente, você me responde com meias palavras, me trata diferente, porque você não compartilha comigo o que você pensa, porque quando tem novidades fico sabendo junto com todo mundo, porque o meu lugar é sempre no banco de trás na hora de sair, porque na sua rede social tem espaço para todos os status menos para nosso relacionamento, em seus planos eu apareço na categoria de “opção”, não te vejo mais desejando que eu estivesse perto só por estar, parece que sempre você quer tirar uma vantagem, nas entrelinhas sempre vejo: “O que eu ganho em troca?”.
Sinceramente espero que nesse “mundo de vantagens” alguma delas te sirva pra alguma coisa. Porque de todas as coisas o que eu mais queria, é ter alguém pra dividir pensamentos bobos, pra andar de mão dada dentro de casa, que me mande noticias de onde e como estiver (mesmo que fosse assim: “Oi, tenho só dez minutos, mas é pra você saber que deu tudo certo e que estou bem, te amo.”), que me anime quando eu estiver triste por qualquer motivo, que me presenteie sem data, que lembre de mim ao ouvir uma musica, que não tenha vergonha de mim por nada, que me abrace quando eu me sentir insegura... Eu não preciso ouvir: “Credo, você ta muito pra baixo”, isso eu posso ouvir de outras pessoas, não de você.
Quando alguém te indagasse: “Por que você está com ela?”, queria que a resposta fosse: “Porque eu a amo, ela me faz bem.”, ao invés de: “Quando você crescer, vai aprender a diferença entre uma mulher bonita que não sabe rebolar na cama e uma outra que faz do jeito que você quer”.
Se você pensa que quero demais ou que não existe alguém assim, tudo bem, eu sei que existe, eu sou assim, gosto de saber das suas bobagens, gosto de dormir de mão dada, dou satisfação quando nem precisa, nunca te joguei pra baixo quando você já estava no chão, comemoro datas que não existem, penso em você sem precisar de musicas, não tive problemas em estar ao seu lado mesmo com você andando feio, bonito, doente, descabelado ou arrumado, e te abraço até na hora de servir almoço...
Sabe, é isso que você vai ter em troca sempre. Não tenho um carro do ano, não tenho uma casa bonita, não tenho o melhor emprego, só falo um idioma, e o meu corpo não de um manequim. E de mim, o máximo que você vai ter é alguém pra passar bons e maus momentos. Alguém que está ali, porque quer estar ali. Talvez seja pouco, talvez seja nada, mas é isso que eu tenho, é assim que eu sou.
Se isso for importante pra você, peço que valorize isso. Mesmo a distância, sei que é possível.
Te amo!

domingo, 6 de novembro de 2011

China

Que saudade amor
Estou sabendo que ai na China tudo é lindo
Você me deixou
E aqui dentro meu coração ficou partido
Nessa cidade, não vou mais sorrir
Que bom seria, se BH fosse do lado de Pequim
Que saudade amor
Volta logo pro hemisfério sul do mundo
Ficar sem você me mostrou o quanto é bom estarmos juntos
Sonho tão lindo é ter você aqui
Que bom seria, se BH fosse do lado de Pequim
Não podes mais meu coração, tá doendo aqui na solidão
Não posso mais viver sem ti, volta logo pra BH
Ou eu vou praí

sábado, 5 de novembro de 2011

Ciclo

Exatamente um ano atrás eu estava aqui, no mesmo lugar, pensando a cerca das mesmas coisas, a mesma rotina de horários, as mesmas obrigações.
Continuo aqui, com o mesmo sentimento, a mesma mania de pensar em você antes de dormir e ficar te imaginando ao acordar.
Um ano depois, eu volto a não mais saber onde você está,  aonde você mora agora, o que você faz, os seus horários, sua vida.
Voltei a depender da sorte, do destino, do acaso.
Perdi o controle, o rumo, os sonhos, os planos.
Até mesmo a única certeza é incerta demais.
Eu continuo aqui com meu exercício diário de me cuidar e de te esperar exatamente como há um ano trás.
As vezes penso coisas horríveis e acho que essa é a verdade, mas me engano, me iludo, finjo não ver pra esquecer.
Vou despistando, driblando, disfarçando como dá, como posso.
E dando sequência ao ciclo, é esperar pra viver.

Referência de contexto: http://aplausododia.blogspot.com/2010/12/sei-que-existes.html